top of page
banner technobytes.jpeg
Banner Aveloz
  • Foto do escritorMikael Sampaio

Pernambuco registra diminuição de 12,8% na transmissão da sífilis da mãe para o bebê


O Dia Nacional de Combate à Sífilis é lembrado no terceiro sábado de outubro (17/10). Para reforçar a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento para evitar novas ocorrências dessa doença que tem cura, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulga o consolidado dos casos de 2019, no público geral, entre as gestantes e por transmissão vertical da sífilis (da mãe para o bebê durante a gestação, denominada sífilis congênita). Juntando os três tipos, foram 13.401 infecções diagnosticadas, um aumento de 3,5% em relação a 2018 (12.947).


Entre os dados epidemiológicos, chama a atenção a redução de 12,8% nos registros de sífilis congênita (1.652 em 2019 e 1.895 em 2018), apesar do aumento de 3,9% entre as gestantes (3.375 em 2019 e 3.248 em 2018), o que pode demonstrar que a descoberta durante a gravidez e o tratamento correto, feito com antibiótico (penicilina), podem evitar o adoecimento e sequelas irreversíveis na criança. "É indispensável que a pessoa gestante faça a testagem para as diversas IST, para que seja oferecido o tratamento adequado nos casos positivos. Em relação à sífilis, é preciso lembrar que as parcerias também precisam ser testadas e tratadas, para que não ocorra uma reinfecção na pessoa gestante e, consequentemente, a transmissão da bactéria ao bebê", afirma a  gerente do Programa Estadual de IST/Aids/HV da SES-PE, Camila Dantas.


De acordo com a Gerência de Atenção à Saúde da Mulher da SES-PE, a pessoa grávida deve fazer o teste para a sífilis no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta de pré-natal. Nos casos negativos, deve ser repetido no terceiro trimestre da gestação. Nos positivos, além do tratamento, é preciso que a equipe de saúde que acompanha a gestação faça o monitoramento mensal. Ratifica-se que, se não tratada, a doença pode provocar aborto, feto morto ou alterações irreversíveis na criança (óssea, oftalmológica, neurológica).


TESTE RÁPIDO - Outro fator para essa queda nos casos da sífilis congênita é a ampliação constante da disponibilidade de testes rápidos na rede de saúde. Quando se compara os anos de 2015 e 2019, observa-se um aumento de 276% na oferta desse tipo de exame (183.725 e 691.995, respectivamente), disponibilizado pelo Ministério da Saúde aos Estados para distribuição aos municípios. O teste pode ser feito em postos de saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e Serviços de Assistência Especializada em HIV/Aids (SAE).


OUTROS DADOS - Na população em geral, em 2019, foram diagnosticados 8.374 casos de doença (sífilis adquirida), o que corresponde a um aumento de 7,3% em relação a 2018 (7.804). Quando analisado o período de 2015 a 2019, nota-se que a maior parte das ocorrências, tanto da sífilis adquirida quanto da em gestante, são na população entre 20 e 29 anos. "O SUS disponibiliza diversos métodos de prevenção às IST. É importante que a população se informe e busque a sua forma de prevenção e sexo mais seguro. São distribuídos gratuitamente camisinhas e gel lubrificante, assim como são disponibilizados os testes rápidos de HIV, sífilis e das hepatites para detecção precoce e o tratamento de todas essas enfermidades", pontua Camila Dantas.


O QUE É - Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Apresenta diversas manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A transmissão é por meio da relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê durante a gestação ou por transfusão de sangue contaminado.


Para diagnosticar a doença, é possível fazer um teste rápido. Em caso positivo, é colhida uma amostra de sangue para realização de teste laboratorial confirmatório. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são ofertados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

0 comentário
bottom of page