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  • Foto do escritorMikael Sampaio

Pernambucana pode ser a primeira indígena a representar o Brasil em uma olímpiada


O Brasil poderá contar com a primeira atleta indígena a disputar uma Olimpíada, em 2024. A pernambucana Mirelle Leite, de 21 anos, pode ter seu nome escrito na história ao entrar na pista de atletismo do Stade de France, maior e mais emblemático estádio dos Jogos da França. Para a tão sonhada classificação nos 3.000 metros com obstáculos, a filha da etnia indígena Xucuru, localizada no distrito de Cimbres, no município de Pesqueira, tem treinado diariamente em busca dos resultados. A intenção da bicampeã sul-americana sub-23 é disputar o maior número de competições possíveis para pontuar e avançar no ranking nacional, o qual ocupa a terceira colocação.

Diante do maior desafio que já enfrentou na carreira, buscar uma vaga em uma Olimpíada, Mirelle Leite ganhou um reforço de peso. A Neoenergia, líder do setor energético no Brasil, decidiu entrar na pista junto com a pernambucana e vai correr e saltar com ela até Paris. A empresa vai patrocinar a indígena, inclusive, com o custeio de viagens e treinos até os Jogos Olímpicos.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (18), por meio das redes sociais do Grupo e da própria atleta. Com este sprint final em busca da vaga em Paris, a corredora poderá se dedicar exclusivamente ao esporte. Entre as principais competições que Mirelle já tem presença confirmada estão o Pan-Americano do Chile, em outubro.

Este patrocínio é extremamente importante porque minha intenção é participar do maior número de competições nos próximos meses para pontuar no ranking e assim garantir a vaga para Paris. Posso dizer que esta é mais uma vitória em uma trajetória difícil como atleta, mulher, indígena e nordestina. Estou muito feliz e grata por fazer parte do Time Neoenergia. Isso me dá energia extra para superar desafios e fazer tudo que estiver ao meu alcance para honrar essa parceria”, conta Mirelle Leite.

Se no passado Mirelle Leite conciliava o esporte com o trabalho de diarista, agora, ela tem a oportunidade de elevar a qualidade dos treinos com equipamentos adequados e uma rotina mais intensa em pistas oficiais de atletismo em São Paulo, onde também tem se dedicado a melhorar suas marcas. Antes, a atleta tinha dificuldades para se deslocar de Pesqueira, cidade a cerca de 200 quilômetros da capital, e terminava se preparando para as competições em uma área improvisada.

Situado em frente ao Castelo de Pesqueira, o terreno do antigo jóquei clube da cidade, há mais de 40 anos, deixou de receber corridas de cavalos e parte da área foi ocupada por moradias. As medidas da pista, no entanto, resistiram ao tempo e ao crescimento urbano, permanecendo com dimensões semelhantes às raias de atletismo. Literalmente passando por cima das dificuldades, as mesas de concreto, instaladas na pracinha da cidade, serviam de barreiras para os treinamentos de saltos de corridas com obstáculos.

A atleta segue dedicada desde a infância, quando encontrou no esporte sua vocação. Apesar das dificuldades financeiras vividas ao lado de sua mãe e seus sete irmãos, além do luto pela perda do pai ainda jovem, Mirelle começou a participar de provas aos 11 anos, mesmo sem ter condições de comprar tênis e roupas apropriadas para as competições. “Minha mãe dava duro como artesã para garantir alimentação necessária para nossa casa. A situação melhorou um pouco assim que comecei a ter as primeiras vitórias com prêmios em dinheiro. Quando fui mãe, aos 14 anos, trabalhava durante o dia e treinava de madrugada enquanto meu filho dormia”, relembra.

Para a jovem indígena, a possibilidade de chegar aos Jogos Olímpicos de Paris representa um importante marco para ampliar a inclusão social dos povos originários no Brasil. Mirelle Leite é uma das promessas do atletismo brasileiro. Além do bicampeonato sul-americano (2021-2022), a atleta venceu o título brasileiro na categoria sub-18 (2019), e foi bicampeã brasileira sub-20, em 2020, e bicampeã brasileira sub-23, em 2022.

Neoenergia e o esporte feminino no Brasil A chegada de Mirelle Leite reforça o Time Neoenergia que já conta com duas atletas: a campeã brasileira sub-23 de ciclismo de estrada e de contrarrelógio, Ana Vitória Magalhães, a Tota; e a tricampeã mundial de kitesurfe, Bruna Kajiya. Além estimular a inclusão da mulher no esporte nacional, o patrocínio reafirma o fortalecimento e a humanização da marca no país. A Neoenergia também mantém contrato com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para patrocínio das Seleções Brasileiras Femininas de Futebol, tanto a principal quanto as de base, e do Brasileirão Feminino Neoenergia. "Nosso objetivo é o de elevar o esporte feminino e utilizar a plataforma para nos conectarmos com o coração de todas as brasileiras e brasileiros. Dessa forma, consolidamos cada vez mais a Neoenergia como líder do setor no apoio ao esporte feminino e contribuímos para que nossas atletas conquistem seus objetivos com muita energia e determinação", afirma o diretor de marketing da Neoenergia, Lorenzo Perales. O executivo explica que, durante a vigência do contrato, Mirelle Leite estará presente nas plataformas digitais da empresa, onde a Neoenergia se destaca. “Hoje, somos a empresa do segmento que lidera a interação digital com os brasileiros, tendo, entre outros fatores, o maior número de seguidores no Instagram. O crescimento nessa plataforma chegou a 191% nos três primeiros meses do ano”, acrescenta. A atleta estará presente, principalmente, em eventos da companhia e em conteúdos nas mídias sociais. A marca da Neoenergia também será exposta pela atleta nos uniformes, em treinos e competições de relevância da modalidade.

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