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  • Foto do escritorMikael Sampaio

Parauapebas tem primeiro caso diagnosticado de morte por Febre Maculosa


A criança foi vítima de uma picada de carrapato em sua residência

 

A Vigilância Sanitária de Parauapebas, órgão ligado à Secretária de Saúde do município investiga a morte de uma criança de dois anos de idade no dia 09 de maio, no Hospital Vida Mamaray, em Belém.

Sophia Lopes de Almeida deu entrada no Hospital Geral de Parauapebas em 28 de abril com febre elevada, cefaleia e mialgia intensa. Segundo os familiares, a criança foi vítima de uma picada de carrapato em sua residência, no bairro Cidade Jardim, em Parauapebas. “A mãe dela encontrou o carrapato grudado ao corpo e fez a retirada do bicho. Logo depois fez a assepsia com álcool.”

Pouco depois a criança deu início aos sintomas, sendo levada ao Hospital Geral de Parauapebas, onde, segundo a tia, foi diagnosticada como se estivesse com a garganta inflamada pelo médico que a atendeu. Como os medicamentos ministrados pelo médico não estavam fazendo efeito e os sintomas ficaram mais fortes, Sophia foi encaminhada para Belém por via aérea com suspeita de Meningite.

Porém, ao chegar no Hospital Mamaray, o diagnóstico foi de a criança havia contraído Febre Maculosa Brasileira, uma doença infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia (Rickettsia rickettsii), transmitida por carrapatos.

Logo que soube do laudo da morte de Sophia, o diretor da Vigilância Sanitária de Parauapebas, Allan Werbert, abriu procedimento investigatório. “Soubemos que a criança esteve na Zona Rural de Parauapebas há alguns dias. Estamos verificando a residência e o bairro dela à procura de carrapatos e na segunda-feira uma equipe (veterinário, técnicos e agentes de endemia) vai até a Comunidade 3 Voltas, na Zona Rural, onde a criança esteve”, afirmou o diretor.

A notícia de que uma paciente parauapebense faleceu vítima de Febre Maculosa liga um alerta na Secretaria de Saúde de Parauapebas. Com isso, a falta de um Centro de Zoonoses no município, para que todos os animais que circulam livremente nas ruas possam ser recolhidos, volta à pauta. Não há bairro de Parauapebas que se ande que animais (cães, gatos, cavalos) não são vistos.

A Vigilância Sanitária faz investigações para descartar a hipótese de futura epidemia, mas, o que se sabe é que a Febre Maculosa é quase sempre fatal. O que não se sabe é quantos carrapatos, se é que foi ele o transmissor, existem infectados com a bactéria no município. A literatura diz que a doença é implacável. Assim sendo, deveria a prefeitura também ser implacável com os animais que perambulam por Parauapebas. Quando estes apenas provocavam a ira dos munícipes revirando o lixo era uma coisa. Agora o caso é de saúde pública e merece toda a atenção dos gestores.


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