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  • Foto do escritorMikael Sampaio

Homem acusado de blasfêmia no Facebook é sentencia à morte no paquistão



Um tribunal antiterrorismo no Paquistão condenou à morte um homem sob acusação de ter cometido blasfêmia no Facebook, disse um promotor do governo neste domingo, na primeira vez em que alguém recebe a pena de morte por blasfemar nas redes sociais. A condenação de Taimoor Raza, de 30 anos, acontece após uma repressão de alto nível contra blasfêmia nas redes sociais conduzida pelo governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif.

Blasfêmia é um assunto muito sensível no Paquistão, país de maioria muçulmana, onde insultar o profeta Maomé é um crime capital, pelo qual dezenas de pessoas estão no corredor da morte. Até mesmo meras acusações são suficientes para causar alvoroço em massa e clamores por justiça. Shafiq Qureshi, promotor público em Bahawalpur, 500km ao sul da capital da província, Lahore, disse que Raza foi condenado por acusações de ter feito observações depreciativas contra o profeta Maomé, suas esposas e companheiros.

- Um tribunal antiterrorismo de Bahawalpur o condenou à pena de morte - disse Qureshi. - É a primeira vez que um caso de pena de morte envolve as redes sociais. É raro que um tribunal antiterrorismo julgue causas de blasfêmia, mas o caso de Raza foi incluído nesta categoria porque suas acusações incluíam ofensas ao combate ao terrorismo relacionadas a discurso de ódio.

Qureshi disse que Raza foi preso após ter sido visto lidando com material de discurso de ódio e blasfêmia em seu celular, em um ponto de ônibus em Bahawalpur, onde um oficial antiterrorismo o prendeu e confiscou o aparelho. O material obtido no telefone levou à condenação de Raza, ele acrescentou. - O julgamento foi conduzido na cadeia de Bahawalpur sob forte segurança - disse Qureshi

Qureshi acrescentou que Raza é da minoria Shia e no tribunal foi acusado de disseminar ódio contra a seita Deobani, que adere a uma vertente rigorosa do islamismo sunita. As relações entre comunidades Shia e da maioria sunita já se inflamaram muitas vezes no Paquistão, com alguns extremistas sunitas como o grupo Lashkhar-e-Janghvi tentando explorar as tensões sectárias.

Via: O Globo


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